O que é Julgando?
O que a Bíblia fala sobre Julgamento?
Todos passarão pelo julgamento divino. A Bíblia diz em 2 Coríntios 5:10: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal."
Apocalipse 20:12-15: "E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo."
Nada pode ser escondido no julgamento. A Bíblia diz em Eclesiastes 12:14: “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”
Quem julgou o J Cristo?
Efetuada a prisão de Cristo, foi ele levado à casa do Sumo Sacerdote. Pedro, o primeiro dos apóstolos, que se achava no local, ao ser acusado por uma mulher de ser amigo de J, respondeu: "Mulher, eu nem o conheço".
J Cristo foi então levado ao Sinédrio, chefiado por Caifás, que era uma assembleia de 75 pessoas, que, além de funções administrativas, tinha o poder de julgar. No entanto, ele não poderia ser condenado à morte pelos crimes de que era acusado, porque referida punição não era prevista, sendo as penas mais brandas. Por tal motivo, ele foi levado a Pôncio Pilatos, governador romano, que detinha o poder de julgar, a quem afirmaram que Cristo se negava a recolher os tributos, dizia-se ser o rei dos judeus e incitava a rebelião por toda a Judeia, estas sim condutas do interesse do Império Romano.
Pilatos, não convencido da gravidade do relatado e considerando o fato de que Cristo era da Galiléia, enviou-o a Herodes Antipas para que o julgasse. Este, todavia, não encontrando nada que o incriminasse e não vendo em J nenhum sinal de que praticasse milagres, mandou-o de volta a Pilatos.
Contudo, Pôncio Pilatos, recusou-se a condenar Cristo. Por três vezes hesitou em permitir a sanção máxima, mas, pressionado pela ameaça dos sacerdotes, que insinuavam que isto poderia ser levado ao conhecimento de César, e sob os gritos da população, que pedia a pena de morte, cedeu. Pilatos pediu que lhe trouxessem água, lavou as mãos e, dizendo-se inocente do que estava a acontecer, entregou Cristo à multidão, para que fosse executada a sentença de morte que eles tanto almejavam.
Quem tem autoridade para julgar?
Somente os juízes possuem a autoridade pública E o poder de nos julgar.
O que julga a vara civil?
Os juízes de direito das varas cíveis têm competência genérica e plena na matéria de sua denominação, inclusive no que se refere às causas de reduzido valor econômico ou de menor complexidade, ressalvada a privativa de outros juízes, competindo-lhes, ainda, cumprir precatórias pertinentes à jurisdição cível.
Uma pessoa pode julgar uma outra?
Quando se fala em julgar, qual é a primeira frase de que você lembra? Provavelmente, seja esta "não julgue para não ser julgado".
Essa frase é uma verdade bíblica, porém as pessoas aprenderam o significado dessa passagem de forma errada e repetem isso religiosamente para justificar suas atitudes erradas de forma que ninguém possa corrigi-las.
O mau hábito das pessoas em relação à Palavra de Deus é ler versículos e analisados individualmente ou fora de contexto, sendo que devemos analisar a Bíblia em sua totalidade.
A frase "não julgue para não ser julgado" baseia-ne nos versículos de Mateus 7:1-2, em que o Senhor J ensina a multidão e os discípulos.
Mateus 7:1-2
Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Que tipo de julgamento J falou? Os versículos seguintes respondem essa pergunta.
Mateus 7:3-5
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
J falou sobre a atitude de apontar defeitos em uma pessoa a partir de sua própria opinião sem reconhecer os seus próprios erros.
Na justiça dos homens, quando uma pessoa está perante um juiz, há duas possibilidades: a absolvição ou a condenação. Um dos dois caminhos é sentenciado a partir de parâmetros que são definidos pela lei do país, que é a verdade tomada como referência no território desse país.
Ninguém gosta de ser corrigido, pois isso não produz boas emoções ou bons sentimentos, ou seja, não agrada a alma. Porém, o Senhor nos ensina em Sua Palavra que aquele que aceita a repreensão é sábio e prudente.
1 Coríntios 6
2 Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? 3 Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? 4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? 5 Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?
Observe atentamente esses versículos. No versículo 2, Paulo afirma que os santos, todo aquele que crê em J como Senhor e Salvador e tem uma vida santificada (separada para Deus), irão julgar o mundo, e isso acontecerá no fim do Reino Milenar de Cristo. Por acaso então somos indignos de julgar as atitudes e os desentendimentos das pessoas?
No verso 3, o Espírito Santo ainda dá a Paulo uma outra revelação, que diz que todo aquele que crê no Senhor J e tem uma vida obediente a Deus irá julgar os anjos. Por que será então que não podemos julgar as coisas desta vida? No versículo 5, Paulo ainda pergunta aos coríntios se não há ninguém capaz entre os irmãos para julgar.
Julgar é uma atribuição do cristão que obedece a Deus, porém ninguém, nem que se julgue o mais obediente a Deus, pode realizar qualquer julgamento segundo a sua própria opinião. Preste muita atenção: Deus não quer que você julgue as pessoas segundo o que você pensa. Ele espera que você julgue de acordo com a Palavra Dele, repreendendo a pessoa em amor a fim de que ela possa se arrepender. Para isso, você deve conhecer a Palavra de Deus e mostrar para essa pessoa qual é a vontade Dele em relação ao erro que ela cometeu.
A partir deste momento, não permita que a omissão permaneça em sua vida, assuma sua posição em J Cristo e ministre a verdade (a Palavra de Deus) às pessoas.
O Senhor ainda nos ensina que aquele que repreende o homem terá ainda mais amizade com ele do que aquele que o elogia falsamente.
O que é o Tribunal de Cristo?
Resposta: Romanos 14:10-12 diz: "Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo... De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” II Coríntios 5:10 nos diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." No contexto das duas Escrituras, é claro que se referem aos cristãos, não aos não-crentes. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo não determina salvação; esta foi determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (I João 2:2), e nossa fé Nele (João 3:16). Todos os nossos pecados são perdoados e nunca seremos condenados por eles (Romanos 8:1). Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras, teremos que dar conta de nossas vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos pecados que cometemos. Entretanto, este não será o foco principal do Tribunal de Cristo.
No Tribunal de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As coisas pelas quais seremos julgados serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mateus 28:18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Romanos 6:1-4), o quão bem controlamos nossa língua (Tiago 3:1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes recebendo coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As várias coroas são descritas em II Timóteo 2:5; II Timóteo 2:4-8; Tiago 1:12; I Pedro 5:4 e Apocalipse 2:10. Tiago 1:12 é um bom resumo de como devemos pensar no Tribunal de Cristo: "Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam."
Tem um Julgamento diferente para crentes e incrédulos?
Muitos cristãos acreditam que as Escrituras revelam três diferentes julgamentos que virão. O primeiro será o julgamento dos “bodes e ovelhas” ou um “julgamento das nações”, como visto em Mateus 25:31-36. Eles crêem que ocorrerá após o período da tribulação, mas antes do milênio, e que servirá para determinar quem entrará no reino milenar. O segundo é um julgamento das obras dos crentes, ao qual freqüentemente se refere como o “Grande Tribunal de Cristo” (II Coríntios 5:10), no qual os cristãos receberão graus de recompensas por seus feitos ou serviços a Deus. O terceiro é o julgamento do “grande Trono Branco”, ao final do milênio (Apocalipse 20:11-15); que é o julgamento dos incrédulos, no qual serão julgados de acordo com suas obras e sentenciados à punição eterna no lago de fogo.
O que é o Julgamento final?
Apocalipse 20:10 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta: O trono branco aparece somente aqui, mas a idéia do julgamento divino aparece em diversos textos no Antigo e Novo Testamentos. O trono mostra o domínio, e branco representa a santidade. Muitas vezes, encontramos declarações de justiça divina contra indivíduos ou povos aqui na terra. Outras vezes, a imagem é do julgamento final. Muitos interpretam este trecho como o julgamento final, e certamente algumas das idéias apresentadas aqui poderão ser aplicadas ao julgamento final. Mas, como temos feito desde o início do nosso estudo deste livro, devemos procurar primeiro a aplicação no contexto antes de fazer outras aplicações dos princípios aqui ensinados.
Mais uma vez, a cena de Daniel 7 ajuda. O Ancião de Dias preside o tribunal que abre os livros e condena o insolente chifre do quarto animal (Daniel 7:8-11). Na interpretação da visão, os santos possuem o reino, o quarto animal (Roma) os persegue, mas “se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim” (Daniel 7:26). Com esta base, devemos aplicar o julgamento do Apocalipse 20 primeiro aos servos da besta que perseguiam os santos.
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono: A tendência de muitos comentaristas é ver aqui a ressurreição no último dia e o julgamento final. A Bíblia claramente ensina que haverá uma ressurreição de todos e um julgamento “perante o tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10; João 5:27-29). Neste trecho, podemos ver alguns princípios que aplicam-se ao julgamento final, mas parece-me mais coerente fazer a aplicação inicial no contexto da derrota do diabo e seus aliados perseguidores. O paralelo com Daniel 7 continua a nos orientar, sugerindo que o contexto do governo romano, o quarto animal, ainda determina a aplicação principal.
Os mortos, neste caso, seriam aqueles que se dedicavam à besta. Não há menção aqui de galardão para os fiéis, somente de condenação dos ímpios. Na “primeira ressurreição” (20:5), os adoradores do Cordeiro foram exaltados para reinar com ele. Aqui, podemos ver uma segunda ressurreição – dos adoradores da besta, os grandes e os pequenos (cf. 13:16), que serão condenados com ela.
Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.: Há uma distinção aqui entre os livros e o Livro da Vida. Os livros, evidentemente, representam o registro dos atos deles e mostram a justiça do julgamento de Deus (cf. Daniel 7:10), enquanto o Livro da Vida representa uma lista dos salvos (cf. Daniel 12:1; Filipenses 4:3; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 21:27).
Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia: Nenhum morto foi isento deste julgamento. Até os ímpios entregues à Morte e ao Inferno (6:7-8) são apresentados para o julgamento. Deus tem domínio, e ninguém consegue proteger os mortos do julgamento dele.
E foram julgados, um por um, segundo as suas obras: Os servos da besta são julgados da mesma maneira que todos serão julgados no último dia (2 Coríntios 5:10). Deus é justo, e dará a cada um segundo as suas obras.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo: A Morte e o Inferno são inimigos de Deus, mas são dominados, utilizados e vencidos pelo Senhor. Existem vários sentidos ou contextos em que J vence a morte e o inferno (a palavra grega aqui é hades – região dos mortos). No passado, ele a venceu na sua ressurreição (Atos 2:24-31; Romanos 6:9; 2 Timóteo 1:10). No presente, os servos fiéis participam da vitória sobre a morte (Romanos 8:2,38-39; Hebreus 2:15; 1 João 3:14). No futuro, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Coríntios 15:26). Aqui, em relação à guerra do dragão e suas bestas contra os santos, a morte e o inferno são derrotados e lançados no lago de fogo.