Romanos Estudos Bíblicos dos Versículos

Romanos 1:16

Fé é escolher ousadamente crer no que Deus disse.

A fé do século XXI precisa reaprender a crer totalmente no testemunho das escrituras!

Entre as chaves da vida fiel está a veracidade de nossa conversão. A fé nos liberta para viver como jamais o fizemos antes para o bem dos outros.

Proclame ousadamente o evangelho.
Libere o poder criativo da Palavra de Deus crendo nela face as circunstâncias ameaçadoras. Rm 4:17-18.
Resista quando tentado pela descrença, sabendo que Deus pode fazer o que promete. Rm 4:20-25
Compreenda que através do batismo, você foi crucificado com Cristo. Escolha crer que você também se uniu a Jesus em sua morte, sepultamento e ressurreição . Rm 6:1-10
Viva de tal maneira que fortaleça a fraqueza na fé. Comprometa-se com o desenvolvimento do seu próximo. Rm 15:1-3

Romanos 1:16

Paulo não tinha medo de que o evangelho não esteja à altura do seu encontro com a cultura e a vulgaridade acumuladas pela metrópole, nem que os poderes (espirituais ou não), a cultura e a banalidade dominante ali, possam diminuir o evangelho e até ridicularizar o apóstolo. Mas esta intrepidez não se baseia em uma confiança nos seus próprios recursos espirituais, nem a sua eloquência, ou em algo deste tipo. A sua confiança se baseia unicamente no poder do Evangelho.

Paulo não diz que o evangelho tem este poder, mas que é o poder de Deus - o próprio poder de Deus, único, incomparável, onipotente. Quando o evangelho é proclamado no Espírito Santo, o poder de Deus (dynamis) está trabalhando. Deus é a fonte da salvação, mas Ele salva por meio da mensagem do evangelho (1 Co 1:18-21). E a implicação é que o poder de Deus só é operante para a salvação através do evangelho. É o evangelho que é o poder de Deus para salvação. A mensagem é a Palavra de Deus, e a Palavra de Deus é viva e poderosa (Hb 4:12).

Romanos 1:18

A condição de pecado é uma existência sob a ira de Deus, que do céu se manifesta. Também a ira de Deus significa a condição do homem quando ele se afastou do Criador. Lutero observou que "Em Cristo", "Deus é amor". Fora de Cristo, "Nosso Deus é fogo que consome". A ira de Deus, assim, não é uma verdade incidental. É parte da auto revelação divina associada com o evangelho. Esta ira … (agora) se manifesta, exatamente como "a justiça de Deus".

O que é a ira de Deus? Em algumas passagens o apóstolo Paulo escreve e adverte que "tudo que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7), e que "o salário do pecado é a morte" (6:23). Deus criou uma ordem moral na qual o pecado é o seu próprio castigo e destruição, e neste capítulo a ira divina significa que Deus desiste dos homens em consequência da rebelião e dos maus atos deles (1:24-32).

Romanos 2:1

O termo "não tem desculpa" ou inescusável se aplica aos homens que conhecem a justiça de Deus, os homens que conhecem o veredicto de Deus para o pecado e para os pecados que são descritos no capítulo 1:29 de Romanos; um juiz é inescusável se fizer algo errado, porque como juiz ele conhece a lei - ele, entre todos os homens é aquele que não pode alegar ignorância. A perversidade do coração do homem é revelada em sua tendência de condenar outros pelo que permite a si mesmo. O orgulho espiritual e a falta de censura nos arrancam do amor do Senhor tão certamente quanto o adultério ou o roubo.

Romanos 2:4

Nós recebemos o poder do julgamento moral, não para sentir-se os nossos companheiros, mas para julgarmos a nós mesmos e consequentemente sermos levados ao arrependimento e ao retorno a Deus. O fato de que a hora do julgamento divino ainda não chegou para nós, de maneira alguma significa que Deus nos julga favoravelmente. Deus, com sua paciência, nos concede uma pausa, para que o conhecimento do bem nos dê condições para o arrependimento.
Mas se como no verso 5 diz o nosso coração fica duro e impenitente, mesmo em face da divina bondade, isto o remove da esfera da graça divina, tão certamente quanto o faz o pecado da idolatria entre os pagãos. DESPREZAR AS RIQUEZAS DA MISERICÓRDIA DIVINA É ACUMULAR IRÁ PARA O DIA DA IRA E DA MANIFESTAÇÃO DO JUÍZO DE DEUS.

Romanos 2:11-12

Aqui Paulo está dizendo que judeus e gentios são iguais perante Deus. A diferença entre judeus e gentios é mais do que um assunto de raça; é um assunto de revelação. Deus, por meio de Moisés, deu a lei a Israel; este privilégio os gentios nunca tiveram. No entanto, mesmo sem receber essa revelação da palavra são culpados de um ato de rebelião responsável contra o Criador, em vista de Sua revelação geral na natureza.
Trazendo para os dias de hoje, o mundo quer calar a voz dos cristãos, em alguns lugares trechos da Bíblia não podem ser mencionados, porque vai ferir os demais. Não permitem que a verdade do Evangelho seja pregada. Já temos pastor preso por causa da pregação do evangelho. Mas podendo ou não falar o mundo será julgado pelas leis de Deus. Eles podem nos calar, nos prender ou até nos matar. Mas não escaparão do juízo de Deus.

Romanos 3:23

O que nos é dito é que a grande necessidade hoje é a de reconciliar os homens uns com os outros, e que fazer isso é a tarefa da igreja. O mundo está cortado e dividido sobre questões raciais , questões de cor, questões políticas; é um mundo marcado por várias espécies de cortinas - de ferro, de bambu e outras - e a grande necessidade, dizem-nos, é reconciliar os homens uns com os outros. É aí que eles começam, e é aí que eles terminam. O pecado é considerado como doença, como moléstia, da qual precisamos ser curados. O mundo está medicando os sintomas e esquecendo a doença. Está tratando das manifestações particulares do problema, em vez de tratar da raiz do problema.
Jesus é o salvador! Não devemos convidar as pessoas para “virem a Jesus “ como amigo, ou alguém que cura o corpo, ou que dá algum consolo, etc. Não! ELE É O SALVADOR! Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido. Mas por que precisamos da salvação? A resposta é: por causa da "ira de Deus sobre toda impiedade e justiça dos homens", mas esta é a doutrina que causa completo aborrecimento ao homem moderno. Não gosta da disciplina, não gosta da lei, e é por isso que o mundo está como está. O homem se opõe a única coisa que pode endireitá-lo.

Romanos 4:20

ê glória a Deus antes mesmo de a benção manifestar-se (Romanos 4:19 ao 21).

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ações de graça (Filipenses 4:6), apresentem seus pedidos a Deus.

É pensar pensamentos da fé e falar palavras da fé que conduzem o coração para fora da derrota e para dentro da vitória.

Aja como se você já tivesse recebido aquilo que está pedindo.

Romanos 4:21

Plenamente convicto! Não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer (Romanos 4:21).

Abraão tenha todos os motivos para desacreditar da promessa de Deus . . . "O pai das nações" com a esposa esteril e envelheada, e ele já avançada en idade, como isso SERIA POSSÍVEL? Toda promesssa deve passar pelo teste do tempo, para a fé entrar em movimento. Abraão não condiderou seu próprio corpo. Ele não meditou em todas as razões lógicas que se contra punham. Ele colocou a sua fé EM MOVIMENTO, tornou-se plenamentte convicto! CONSIDERE SEU DEUS, considere a palavra de Deus, considere a sua fidelidade. Estaja convicto de que ELE o fará!

Romanos 5:1

A justificação não significa somente perdão e absolvição da culpa do pecado; ela também traz dentro de si a esperança da glória de Deus e a promessa da salvação final. Aqui temos mais do que os frutos atuais da justificação; a nossa atenção é dirigida ao seu resultado final. É verdade que Paulo toca ligeiramente no "tema da operação da justificação" em um progresso moral ( o que a teologia da reforma chama de santificação) nos versos 4-5. No entanto, a ênfase dessa passagem é a glória futura e a salvação final daqueles que continuam em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.

Romanos 5:3-5

A ESPERANÇA NÃO NOS ENGANA - ou seja, não é ilusória, ou, não traz confusão. Está é uma citação de Isaías 28:16. Não nos decepcionamos - não temos medo de ser desapontados - "porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado “. Nós esperamos receber a glória de Deus, porque já recebemos o amor de Deus. A esperança é assim, mais do que esperança; é a esperança que já começa a se realizar. O AMOR DE DEUS não é o nosso amor por Deus, mas sim o amor de Deus por nós. É a realidade de Deus "derramada em nosso coração!" . Ele compartilha conosco um pouco da sua própria natureza.
Como temos a esperança de sentir a glória de Deus, vamos também nos gloriar nas tribulações. Longe de sermos destruídos por estas experiências, elas deveriam fortalecer a nossa esperança.

Romanos 5:6

O amor de Deus em nossos corações:

O dom distribuído - o amor de Deus
O destinatário - derramado no nosso coração (o nosso verdadeiro ser).
O agente - O Espírito Santo que ele nos deu (Lc 11:13; At 2:4).

Estando nós ainda desamparados ou fracos - sem forças para nós salvarmos - morreu por nós. A nossa condição natural é da incapacidade moral. Nós não temos forças em nós mesmos para sermos justificados. Mas por meio da Cruz de Cristo recebemos a capacitação sobrenatural para sermos convertidos. MAS DEUS PROVA O SEU AMOR PARA CONOSCO EM QUE CRISTO MORREU POR NÓS… SENDO INIMIGOS. Se quisermos saber o que é o amor (Ágape) de Deus, Paulo responde mostrando-nos a morte de Cristo. Em nenhum outro lugar existe uma revelação de amor como aquela que encontramos na Cruz. Somente alí descobrimos o significado do amor de Deus. 1 João 3:16 - Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós. Pela Cruz, temos uma abertura ao coração de Deus e vemos que se trata de um amor que se dá é que se sacrifica.

Romanos 5:8

O AMOR É INCONDICIONAL!

Amar as pessoas incondicionalmente é um desafio muito grande.

Fazemos o nosso melhor para evitar cada pessoa desagradável que Deus coloca em nosso caminho.

Algumas pessoas são colocadas em nosso caminho como um único propósito de serem lixa para nós.
Acredite ou não, todas as pessoas detestáveis em nossas vidas nos ajudam . Elas nos lixam e nos refinam para que Deus possa nos usar.

Pense nisso!

Deus te ama e quer te mudar para melhor, use essa circunstância ruim para treinar você mesmo (a) para melhor. As vezes o milagre só depende da nossa reação as situações.

Romanos 5:8

Paulo contrasta o amor divino com o amor humano. O amor humano é motivado pela natureza do seu objeto - sob certas condições pode levar-nos a morrer por um justo. O amor divino não é motivado pela justiça de seu objeto, mas se dá para os pecadores, até mesmo para os seus inimigos. O amor divino jorra do próprio ser de Deus, como um poço artesiano. A única explicação é que "Deus é amor". É a natureza do amor ágape que se derrama "sobre maus e bons" (veja Mt 5:43-48). É esta revelação de Deus como ágape que constitui a exclusividade e a singularidade do evangelho cristão. Quando perguntado se a sua religião ensinava que Deus o amava, um estudante universitário hindu respondeu afirmativamente. À pergunta seguinte, "Quando ele ama você?", ele respondeu "Quando eu sou bom". A mensagem cristã é que Deus nos ama, mesmo com as nossas iniquidades e hostilidades: MAS DEUS PROVA O SEU AMOR PARA CONOSCO EM QUE CRISTO MORREU POR NÓS , SENDO NÓS AINDA PECADORES. A manifestação do amor de Deus se dá por meio de um evento histórico: a cruz.

Romanos 5:15

O PECADO - um pouco antes, no verso 12 diz: Quando Adão pecou, o pecado entrou no mundo e com ele a morte, que se estendeu a todos, porque todos pecaram.
Até aqui, Paulo tinha lidado com o pecado como um problema de culpa. Agora, ele apresenta a ideia do pecado como revolta. - Ao princípio de revolta pelo que a vontade humana se ergue contra a vontade divina. Aqui o pecado não é um mero ato, mas UM PODER VIVO, HOSTIL e MORTAL. O que Adão fez não foi algo que dizia respeito só a ele como indivíduo, mas pelo seu ato o pecado passou a reinar no mundo, sobre a raça humana como um todo. O pecado aqui é quase personificado. Ele reina como um tirano cruel 5:21) e, aproveitando-se dos mandamentos de Deus, engana e mata os homens (7:9). No capítulo 7:20 ele é "o pecado que habita em mim". Aqui, nesse capítulo, Paulo fala do pecado em sua plenitude - um princípio de revolta que resulta em muitas ofensas. Este é o pecado que entrou no mundo no Éden.

Romanos 5:17

Continuando a falar sobre o poder do pecado na vida do homem. E a morte veio por causa do pecado. Paulo diz: assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. Devido a desobediência de Adão, "a herança do pecado e da morte passou a toda raça humana, e ninguém foi capaz de interromper essa herança porque ninguém estava livre do pecado". QUAL É A MORTE QUE SE ESPALHOU POR TODOS OS HOMENS? É o outro lado do pecado. Onde vive o pecado, a morte vive no pecado - e nós não estamos vivos. Onde o pecado reina, ele reina na morte - e nós estamos mortos. Quando o pecado ordena, a sua moeda corrente de pagamento é a morte. O pecado é uma existência desolada, sem vida, desconectada. O apóstolo raramente se refere a morte como o momento em que o coração de um homem deixa de bater, embora esse momento tangível não esteja, de maneira alguma, excluído do significado. O pecado é a morte são correlatos. VIVER NO PECADO É VIVER NA MORTE, pois a pessoa é na verdade uma escrava da morte e obedece as suas ordens. Mas com igual força, Paulo pode dizer que pelo pecado a morte reina, pois a lei do pecado é intrinsecamente a lei da morte. A MORTE ESTÁ PRESENTE SEMPRE QUE A VONTADE DA CARNE, E NÃO A VONTADE DO ESPÍRITO, DETERMINAR OS PENSAMENTOS E OS DESEJOS DE ALGUÉM.

Romanos 6:1-2

No verso 1, Paulo pergunta: Que conclusão devemos tirar da minha posição anterior? Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? Ou seja, teremos que ser hospitaleiros para o pecado, que reinou desde a queda de Adão? Teremos que dar a este pecado uma morada? Devemos, aqueles que foram justificados, continuar na mesma relação que tinham com o pecado antes de irmos a Cristo? Devemos continuar a reconhecer o pecado para que a graça seja abundante?
A resposta é um retumbante DE MODO NENHUM! NÓS QUE ESTAMOS MORTOS PARA O PECADO COMO VIVEREMOS AINDA NELE? Não podemos , como cristãos, continuar vivendo em pecado porque como cristãos morremos para o pecado; no que se refere ao pecado, estamos mortos. Morrer aponta para um momento de terminado; a conversão e (como próximo verso mostra) o batismo devem estar em mente.

Romanos 6:12

Embora o domínio do pecado esteja destruído pela justificação, ainda é possível que, embora o pecado não necessite mais dominar, apesar disso o homem justificado possa escapar da graça e permitir que o pecado domine. É possível que este homem "continue entregando" as partes do seu corpo como instrumento para o uso do pecado. "A própria frase 'não deixe que o pecado domine' supõe que ele ainda esteja ali. Mas ele não deve mais estar como soberano, pois ele perdeu o seu instrumento e auxiliar poderoso, o corpo, que se tornou, em Cristo, o instrumento de Deus". É por isso que o cristão, e somente o cristão, pode apresentar os seus membros a Deus como instrumentos de justiça. Ele foi liberado do domínio do pecado na sua personalidade; ele é um homem livre em Cristo. A questão que ele enfrenta agora é: O QUE EU VOU FAZER COM MINHA NOVA LIBERDADE? Será que vou usá-la "para dar ocasião a carne" ou será que vou empregá-la para servir a Deus e ao meu próximo em amor? (Gl 5:13). Será que vou me colocar a disposição da maldade, ou será que vou me entregar a Deus em um ato de completa consagração? É importante que apresentemos o mais profundo do nosso coração a Deus, dizendo "SEJA FEITA A SUA VONTADE E NÃO A MINHA". Coloquem todos os órgãos do seu corpo, e todo poder de sua personalidade redimida, à disposição de Deus. Esta é a parte do homem - a consagração. A parte de Deus é a santificação. Isto fica claro no verso 22: "Mas agora vocês foram libertados do pecado e são servos de Deus. Com isso vocês ganham uma vida completamente dedicada a Ele, e o resultado é que vocês terão a vida eterna". O NOSSO PAPEL É CONSAGRAR; O DE DEUS É SANTIFICAR. O NOSSO É ENTREGAR; O DE DEUS É TRANSFORMAR.

Romanos 6:16

PORQUE O PECADO NÃO TERÁ DOMÍNIO SOBRE VÓS, POIS NÃO ESTAIS DEBAIXO DA LEI, MAS DEBAIXO DA GRAÇA Rm 5:14

João Calvino escreve: Aqui temos, me parece, um encorajamento para o conforto dos crentes, para que eles não fracassem nas suas tentativas de se agarrar à santidade pela percepção da sua própria fraqueza. Ele os exortou a aplicarem todas as suas forças na obediência a justiça, mas como eles ainda tem os resíduos da carne, não conseguem fazer outra coisa a não ser caminhar hesitantes. Este é o dilema do homem justificado que ainda não sentiu o escopo da santificação divina, que é o adjetivo para sua vida. Ele se encontra, às vezes, esmagado pelo pecado; e assim precisa construir novamente as bases do arrependimento e da fé. Que este homem não perca a coragem, pois agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Como um crente justificado, procurando andar sob a plena luz de Deus, ele não está mais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Deus não computa o pecado residual contra o crente, enquanto este, voltando-se contra o pecado com a mais profunda rejeição pessoal, e voltando-se para Deus com o mais profundo compromisso pessoal, procurar a completa libertação do Espírito em sua vida. Que o crente, portanto, se alegre com o sorriso de Deus e viva com a feliz expectativa da libertação completa pelo poder de Cristo. Embora o pecado permaneça, ele não domina. Portanto, o crente pode encontrar coragem e conforto em Cristo. Como nós também estamos debaixo da graça, não somos responsáveis pelas nossas transgressões inadvertidas e inconscientes em relação a lei de Deus. Os cristãos foram levados da ordem legal das obras à ordem evangélica que opera por amor. Mas que o crente nunca esqueça das palavras da promessa: "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Ts 5:23,24).

Romanos 6:20

O homem tem um Senhor, de uma maneira ou de outra. Ou ele é um servo do pecado, ou um servo da obediência. O pecado e a obediência, portanto, não são as nossas ações em primeiro lugar, mas os poderes que exercem domínio sobre nós. Ao colocar estes dois senhores em sobreposição, Paulo deixa claro que o pecado é a desobediência, e não uma mera falta de compreensão do significado. O homem que peca não é somente um atirador com má pontaria, ele mora o ponto errado e assim erra o alvo. O pecado é um erro voluntario. Como o pecado é um assunto tão sério, o crente justificado que voluntariamente desobedece a Deus se encontra novamente escravo do pecado. Como o próprio Senhor advertiu: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado" (Jo 8:34). E
O SALÁRIO DO PECADO É A MORTE (v.23).
Paulo está fazendo eco ao aviso de Deus a Adão na época em que ele era inocente (Gn 3:3), assim como a palavra do profeta: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:4). Desobedecer a Deus é novamente ficar debaixo "da lei do pecado e da morte". Por outro lado, a escravidão a obediência resulta na justiça.

Romanos 6:23

O salário do pecado, o fim a que o pecado leva, é a segunda morte. Em Apocalipse 20, o apóstolo João traça uma distinção. Aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro não participam da segunda morte; porém todos os demais participam. Noutras palavras, o salário do pecado é a segunda morte. Essa significa uma final e irreversível separação de Deus, "da face de Deus" e da vida de Deus. Significa estar eternamente fora da vida de Deus e de todas Suas benéficas, amorosas, nobres, santas e puras influências; é o pecador ser deixado em sua impureza e maldade, para a maldade, e, com isso, ir ficando cada vez em maior angústia e sem alívio. É ser deixado completamente fora e cortado de Deus, final e definitivamente. É ser lançado aquilo que a linguagem figurada do fim do capítulo vinte do Apocalipse descreve como "ago de fogo e enxofre", no qual a morte e o Hades são lançados, como também a besta e o próprio diabo. É estar eternamente fora da vida de Deus. Esse é o fim a que o pecado leva os seus escravizar.

Romanos 8:1

A culpa é um fardo invisível que nos desgasta e não nos faz bem algum. Ela impede o progresso e nos torna incapazes de ter uma comunhão adequada com Deus porque devemos nos aproximar dele em fé e com confiança, e não com medo e culpa.

Romanos 8:1 nos instrui a andar no Espírito e não, segundo a carne. Uma das maneiras de lidar com nossos pecados é entender que uma vez que nos arrependemos Deus nos perdoa e não temos que ficar nos sentindo culpados. Deus promete que Ele é fiel para perdoar nossos pecados, se confessarmos os nossos pecados e nos purificar deles (1 João 1:9). Deus não faz coisas pela metade. Não acredite nos seus sentimentos mais do que na Palavra de Deus.

Romanos 8:6

Em outra tradução esse verso diz: "A mente concentrada na carne é morte, mas a mente concentrada no Espírito é vida e paz". A expressão grega é to phronema tes sarkos, literalmente, "os pensamentos ou a mente da carne". Wesley interpreta a mente concentrada na carne como tendo seus afetos concentrados em coisas que agradam a natureza corrupta: por exemplo, coisas visíveis e temporárias; coisas da terra, prazeres (dos sentidos ou da imaginação), elogios ou riquezas. A carne é mais do que sensualidade, é mais do que luxúria sexual. A carne é o homem vivendo no nível terreno e material, divorciado de qualquer contato com o espiritual. Isto fica claro na afirmação de Jesus a Nicodemos: "O que é nascido da carne é carne … Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo" (Jo 3:6-7; 1 Co 2:14). Uma existência como esta é a morte. O verso 5 é literalmente: "O pensamento da carne - morte". A morte que abrange todas as misérias que surgem do pecado, aqui e no futuro.

Romanos 8:9

A MENTE DO ESPÍRITO

Quando lemos 1 Coríntios 2:9-16 vemos que aquelas coisas que são invisíveis aos olhos do homem natural, Deus no-lãs revelou pelo seu Espírito, pois recebemos … o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. Se "a mente, ou pensamentos, da carne" é terrena, "a mente do Espírito" concentra-se "nas coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus" (Cl 3:1). A verdadeira vida de um homem está nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3;2:6). Posteriormente, neste capítulo, Paulo fala das primícias do Espírito, o que significa que o Espírito é uma antecipação (ou uma benção que é antecipadamente desfrutada), da glória que nos será revelada na vinda de Cristo Jesus.

Romanos 8:11

Aqui surgem tanto uma dádiva futura como uma graça presente. Sem dúvida, a referência é a ressurreição do corpo, que irá ocorrer quando Cristo vier; nesse dia, o nosso corpo mortal será vivificado. Mas, como crentes, agora temos "as primícias do Espírito". A ressurreição de Cristo foi o começo de todas as bençãos que recebemos através dele. Por meio do Senhor ressuscitado, recebemos, mesmo agora, o poder revitalizado do Espírito Santo. Assim, Paulo aqui está pensando em todas aquelas forças revitalizadoras que surgem na história com a vitória de Cristo sobre a morte e que nos são mediadas pelo Espírito. A salvação, portanto, é mais do que um assunto da alma; a salvação toca todo homem, a alma e o corpo, tanto aqui como no futuro. Nesta passagem em particular, o Espírito é visto como o sopro de Deus que da vida, como o seu vigoroso poder pelo qual a criação é renovada.

Romanos 8:12-14

MORTIFICAR AS OBRAS DO CORPO- Isso não é um autoflagelo, mas sim a manutenção de uma atitude de obediência, à medida que prosseguimos não sagrada comunhão do Espírito (2 Co 13:14).

Paulo quer que os seus leitores entendam que esta mortificação dos impulsos do nosso corpo pelo Espírito Santo não leva a uma caída ao legalismo. PORQUE TODOS OS QUE SÃO GUIADOS PELO ESPÍRITO DE DEUS, ESSES SÃO FILHOS DE DEUS. A mortificação não é a base, mas sim o resultado do nosso relacionamento com Deus. A presença do Espírito nos nossos corações é o resultado de uma mudança nas nossas relações com Deus, uma mudança na qual Deus tomou a iniciativa. Ele enviou o seu Filho para que os seus filhos rebeldes pudessem se tornar seus filhos pela adoção. A mortificação, assim, nos mostra que Deus restabeleceu as relações filiais. Ela nasce da presença renovada do Espírito Santo dentro dos nossos corações. Consequentemente não há lugar para o medo ansioso.

Romanos 8:15

O apóstolo segue com esse pensamento mais amplamente em Galatas 4:1-7. Sob a lei, o relacionamento mais elevado que alguém pode ter com Deus é o da servidão - isto é, o esforço escrupuloso de agradar a Deus, que é inevitavelmente acompanhado pelo espírito de escravidão … em temor. Mas sob a graça, o nosso relacionamento é o de filiação - isto é, um relacionamento filial de amor, caracterizado pela obediência alegre e agradecida. "Mas quando a plenitude desta época chegou, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho" (Gl 4:4-7).

A palavra aramaica ABA é uma indicação do pensamento de Paulo. Era o termo íntimo familiar para Pai. Em todas as línguas existe uma palavra assim; no latim medieval, essa palavra era PAPA, (se originou o termo inglês "Daddy"). Embora os judeus se dirigissem a Deus com o termo Abbi, que denotava reverência, nenhum judeu pensaria em dizer aba. Esta era a palavra que Jesus usava quando orava(Mc 14:36). O ESPÍRITO DE ADOÇÃO que recebemos quando somos justificados pela fé, é a resposta ao pedido dos discípulos. O Espírito coloca nos nossos corações o espírito filial, e nos nossos lábios a expressão ABA, PAI. Jesus é Filho Deus por natureza (Jo 1:18); nós o somos por adoção.

Romanos 8:15b

O primeiro privilégio de um filho adotado, portanto, é chamar a Deus de Pai. Pela presença interior de Cristo e pela obra do seu Espírito, a nossa filiação se torna uma experiência abençoada de comunhão com Deus. O segundo privilégio do filho adotado é que ele se torne um herdeiro da riqueza do seu Pai adotivo. E, SE NÓS SOMOS FILHOS, SOMOS, LOGO, HERDEIROS TAMBÉM, HERDEIROS DE DEUS E CO-HERDEIROS DE CRISTO; SE É CERTO QUE COM ELE PADECEMOS, PARA QUE COM ELE TAMBÉM SEJAMOS GLORIFICADOS.
Podemos dizer que o objetivo da adoção é fazer de alguém o beneficiário dos bens de que, por outra maneira, ele teria sido privado.

Não existe compartilhar da glória de Cristo, a menos que exista o compartilhar dos seus sofrimentos. Os sofrimentos, e depois a glória, é a ordem indicada no caso de Cristo (1 Pedro 1:11); a mesma coisa se aplica àqueles que são seus Co-herdeiros. É importante observar que eles sofrem com Ele, e esta participação conjunta está enfatizada tanto no caso do sofrimento quanto da glorificação. Os sofrimentos dos filhos de Deus são considerados por Paulo como os sofrimentos de Cristo (2 Co 1:5; Fp 3:10; Cl 1:24; 2 Tm 2:11; 1 Pe 4:13 e Mc 10:39).

Romanos 8:18

Aqui Paulo se volta a esperança que nós temos em Cristo. Deus concede o Espírito ao crente como uma antecipação da glória que em nós há de ser revelada quando Cristo vier para consumar a salvação.

As aflições, portanto, pertencem a era presente, entre os adventos do nosso Senhor. A glória pertence a era futura. É uma não se compara com a outra. As aflições são um “mero nada” quando comparadas com a glória que em nós há de ser revelada. Sigamos firmes com o Senhor.

Romanos 8:28

E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8:28).

Como é ampla a afirmação do apóstolo Paulo! ELE NÃO DIZ: sabemos que algumas coisas, ou a maioria das coisas,
MAS TODAS AS COISAS.
Da mais insignificante até a mais marcante; do acontecimento mais corriqueiro da vida diária, até as maiores experiências.
Todas as coisas cooperam, eles estão operando.
Em mil aflições, não são quinhentos delas que cooperam para o bem do crente, mas novecentas e noventa e nove e mais uma, as mil (Jorge Müller).

Romanos 8:19

Que extensão da realidade criada está esperando a revelação dos filhos de Deus? Podemos excluir os anjos, pois eles não estão sujeitos à vaidade e à escravidão da corrupção. Satanás e os demônios devem ser excluídos, pois não podem ser considerados como esperando A MANIFESTAÇÃO DOS FILHOS DE DEUS. Os filhos de Deus não estão incluídos, pois eles estão expressamente mencionados neste versículo. Os não regenerados não estão incluídos, pois eles não tem tais expectativas. "A criação", portanto, significa a ordem natural, amaldiçoada como é, como consequência do pecado de Adão (Gn 3:17). Aqui é mencionado aquele evento divino único em direção ao qual toda criação se move. "Toda criação está na ponta dos pés para ver a visão maravilhosa dos filhos de Deus assumindo os seus lugares".

Romanos 8:19-20

Paulo apresentou este ponto porque o seu principal objetivo ao mencionar a criação é enfatizar aos cristãos a certeza da salvação futura. A sua preocupação não é com a criação propriamente dita, mas ao mencionar o assunto ele sente que é necessário uma explicação adicional. "Porque a criação ficou sujeita a vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da escravidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus". Paulo aqui diz 3 coisas:
1- A ordem criada "foi feita vítima da frustração"
2- Isto não aconteceu pela sua vontade;
3- Ela foi sujeita em esperança.

Isto só pode significar que a criação não foi corrompida por alguma falta sua; mas foi envolvida no erro fatal de Adão.
O mundo que conhecemos não é o melhor mundo possível. Ele compartilha da infelicidade e a falta de propósito da existência pecadora do homem. Mas como não foi escravizada pela sua própria vontade, Deus reserva uma esperança a favor dela. A ESPERANÇA DA CRIAÇÃO É COMPARTILHAR A REDENÇÃO DA HUMANIDADE. Assim como no dia da ressurreição, Deus nos dará um novo corpo, Ele também irá criar um novo cosmos correspondente.

Romanos 8:26

Mesmo que sejamos habitados pelo Espírito Santo, ainda somos atacados por fraquezas, que incluem os sofrimentos do corpo que podem levar à morte física, com toda a angústia do espirito implicada. Assim como a criação está frustrada, ou sujeita a vaidade, as nossas fraquezas também frustram o Espírito Santo e fazem com que ele gema conosco. As nossas fraquezas certamente devem abranger toda a lista de fragilidades humanas: os efeitos raciais do pecado nos nossos corpos e nas nossas mentes, as cicatrizes da nossa vida pecadora pregressa , os nossos preconceitos que atrapalham os objetivos de Deus, as nossas neuroses que trazem depressoes emocionais e nos fazem, às vezes, "agir fora do nosso papel" , as nossas idiossincrasias de temperamento, o nosso cansaço e o nosso mau humor humanos, além de milhões de defeitos que a nossa carne mortal herdou. Sem considerar a presença de Deus nas nossas vidas somos apenas carne. A nossa santificação é obra inteiramente Deus. Filipenses 2:13 - Deus é o que opera em mim tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.

Romanos 8:27

Neste verso a ênfase está em nossas fraquezas e na ajuda que é dada para seu alívio. A expressão PORQUE NÃO SABEMOS O QUE HAVEMOS DE PEDIR COMO CONVÉM mostra como nós somos desamparados em nossas fraquezas e define a base para o tipo especial de ajuda fornecida pelo Espírito Santo. "A oração abrange todos os aspectos da nossa necessidade, e a nossa fraqueza é exemplificada e exposta pelo fato de que nós nem sabemos o que pedir satisfatória e apropriadamente". Nós não sabemos como orar da maneira como requerem as exigências da nossa situação. É nessa situação de fraqueza que o Espírito vem em nosso auxílio. Esta é a graça no sentido subjetivo - a graciosa ajuda do Espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Romanos 8:28

Chegamos ao ponto na vida de Paulo em que ele vai a Jerusalém é preso e depois levado a Cesareia e lá fica preso por dois anos.

Depois de uma semana muito agitada em Jerusalém, pressionado pelos cristãos e perseguido pelos Judeus, Paulo passou dois anos tranquilos na prisão em Cesaréia, seguidos por dois anos de prisão em Roma.

Talvez o Senhor considerasse que o seu zeloso apóstolo estivesse se dedicando além dos limites de suas forças, e precisasse de um descanso. Será que (por exemplo) a observação de Paulo ao sumo sacerdote (23:3) teria revelado um homem cujos nervos estavam exaustos devido a uma agenda repleta de compromissos ligados a divulgação do Evangelho, as viagens e ao cuidado constante com as igrejas que ele tinha fundado? Nada mais justo do que fazer esta pergunta. Pois Paulo, embora cheio do Espírito, era perfeitamente humano.

Uma coisa devemos ter em mente: destes quatro anos de inatividade física forçada, e consequente oportunidade para meditação tranquila, surgiram os escritos mais ricos de Paulo. Se ele não tivesse sido aprisionado - pelo Espírito, como também pelo governo romano - não teríamos hoje as suas epístolas da prisão, com os seus profundos pensamentos e verdades espirituais. Foi por causa desta experiência que Paulo pôde escrever, "sou prisioneiro de Cristo" (Ef 3:1), não apenas prisioneiro de Roma. Como prisioneiro de Jesus Cristo, ele era mantido sob o controle do Espírito Santo, em um relacionamento ainda mais íntimo com o seu Senhor do que em qualquer ocasião anterior. Assim, ele foi capaz de realizar o seu serviço mais perfeito.

Romanos 8:28

Todas as coisas é literalmente TUDO, e não simplesmente todas as coisas da ordem espiritual. Paulo está incluindo literalmente "tudo". Deus faz com que as coisas que, independentemente ou por si mesmas provam ser nossos erros, contribuam para o nosso bem definitivo. Isto sabemos, se tivermos o Espírito.
Este conhecimento é a propriedade, em primeiro lugar, daqueles que amam a Deus. Mas como indica a citação que Jesus faz de Deuteronômio 6:4-5, o amor por Deus é mais do que uma resposta emocional - é a devoção completa da personalidade de uma pessoa a Deus. É a devoção de Jó, cujo o amor não se devia a razões egoistas (Jó 1:9-12; 2:4-10). É a devoção que diz: "AINDA QUE ELE ME MATE, NELE ESPERAREI" (Jó 13:15). Aqueles que amam a Deus são aqueles que vivem em "espírito de obediência".
Daqueles que são chamados por seu decreto - A razão para isso não se encontra em nós, mas no objetivo eterno de Deus. Aqueles que amam a Deus não trouxeram isso de si mesmos, mas isto lhe foi dado pelo chamado que foi feito por Deus, que tem como base o seu objetivo eterno.

Romanos 8:29-30

A predestinação se realiza no devido tempo: E aos que predestinou, a esses também chamou - isto é, em conversão, simplesmente torna-se cristão. CHAMOU implica numa convocação ou num convite que foi obedecido. Este chamado é feito pela palavra de Deus e pelo Espírito; e aos que chamou, a esses também justificou, "porque eles responderam com fé ao seu chamado". Com a justificação, Paulo chegou ao presente; mas ele está tão certo do objetivo de Deus que pode prosseguir e descrever o futuro com o verbo no passado: E AOS QUE JUSTIFICOU, A ESSES TAMBÉM GLORIFICOU. Mas, Paulo não afirma, nem aqui nem em qualquer outra parte dos seus escritos, que exatamente o mesmo número de homens são chamados, justificados e glorificados. Ele não nega que um crente possa cair e ser destituído entre o seu chamado especial e sua glorificação. Ele também não nega que muitos são chamados e nunca justificados. Ele somente afirma que este é o método pelo qual Deus nos leva, passo a passo em direção ao Céu.

Romanos 8:31

Na escolha e no chamado de Deus existe uma imensa garantia para o cristão em um mundo onde existe tanta coisa contra ele. SE DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA NÓS? Está, é a salvação contra qual não pode prevalecer tudo o que se opõe a nós. Não pode haver dúvida quanto a boa vontade de Deus para conosco: "Mas Deus prova seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (5:8). ISTO DERROTA TODO O RESTO. Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Aquele que nos concedeu o "seu presente indescritível" certamente não irá nos negar os menores sinais do seu amor.

DEUS É POR NÓS. Se está deve ser uma certeza interior para nós, a acusação que é contra nós deve ser removida, e precisamos ser transformados no próprio âmago do nosso ser. Graças a Deus, a acusação foi tragada não morte reconciliadora do seu próprio Filho. Pelo sangue do Crucificado eu estou justificado.

Romanos 8:35-36

Mas podemos acreditar no amor de Deus, mesmo diante de tudo que nós precisamos passar repetidas vezes? Pois nem sempre as coisas acontecem da maneira como algumas pessoas interpretam 8:28 que os cristãos vivem muito melhor do que os outros. Paulo não acreditava nisso. Para ele, e para muitos milhares de testemunhas fiéis a Cristo, a vida cristã significava tribulação … angústia … perseguição… fome … nudez … perigo … espada. Como está escrito: Por amor de ti somos entregues a morte todo dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro (35-36). O discípulo não está acima de seu Mestre. Se eles o crucificaram, se a sua vida estava sendo uma vida de sofrimento, isto deveria ser o melhor para os seus discípulos? Se Deus, por meio do seu sofrimento, foi capaz de dar uma prova de amor divino, então os sofrimentos dos cristãos não deveriam obscurecer esse amor.

Não há obstáculos para o amor de Cristo por nós. A base da confiança do crente está no fato de que o amor de Cristo não sofre detrimento por nada.

Romanos 8:37

Existe uma outra coisa da qual não podemos ser privados, que é a nossa união com Jesus Cristo e uma nova experiência diária em meio aos problemas e sofrimento.

O evangelho é uma mensagem de triunfo … a vida no Espírito Santo não é mais longa do que o lamentável oscilar de um lado para o outro entre a vitória e a derrota, que caracteriza a condição do homem sob a Lei; é uma vida vitoriosa. Paulo usa aqui uma expressão forte e impossível de traduzir. Nós somos “excessivamente vitoriosos”. A alegria da vitória é o sinal da vida no Espírito, da mesma maneira que a natureza pecadora é a marca do legalismo. É verdade que mesmo aquele que verdadeiramente pertence a Cristo nunca deixará para trás os gemidos enquanto viver na terra; mas poderá deixar os lamentos e a ansiedade. A nota da vitória é a marca visível daqueles que estão unidos com o vencedor.

Romanos 8:38-39

Todas as demais coisas dependem da certeza interior - ESTOU CERTO. O testemunho interior do Espírito (15-16), corroborado pelo poder da nova vida em Cristo é a garantia que produz essa certeza profunda.

Essa garantia não é automática: ela deve abrir o caminho em meio as forças oponentes - tanto naturais quanto sobrenaturais. Os poderes demoníacos continuamente lançam dúvidas contra essa certeza, como se ela fosse uma perseguição indefensável. "Mas não importa que adversários nos ataquem ou a nossa fé; uma coisa eles não podem fazer: separar-nos do amor de Cristo, obscurecer ou desacreditar o amor de Deus que nós conhecemos em Cristo. O que Paulo nos ensinou até aqui nesses oito capítulos não é uma teoria bonita, mais sim uma experiência posta à prova na feroz provação do sofrimento e da luta". EM JESUS CRISTO NOSSO SENHOR "Deus é por nós" nEle somos mais que vencedores no triunfo da certeza da fé. A nossa glorificação final está condicionada ao nosso sofrimento com Ele, e a nossa constância na bondade de Deus. Nós temos por certo que aquele que começou a boa obra em nós a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo (Fp 1:6).

Romanos 9:16

Deus, e não o homem, define os termos nos quais Ele irá nos receber na sua graça. Que direito tem aquele que quer pensar que pode trazer Deus aos seus próprios termos? Ou seguimos os termos de Deus, ou não encontraremos misericórdia. Mas isto não é um ato de arbitrariedade divina; a nossa redenção em Cristo é o derramamento da sua misericórdia. Pelo fato de Deus ser misericordioso é que nós podemos ser justificados pela fé; e Deus está determinado a nos tratar com base na misericórdia. Na verdade, se Ele nos tratasse de outra maneira, quem sobreviveria?

Romanos 9:20

Deus não responde ao homem. Pois a criatura julgar o Criador é um orgulho pecaminoso, uma tentativa de ultrapassar o eterno abismo que separa Deus de toda existência criada. Imagine pessoas nos dias atuais sugerindo que a Bíblia seja alterada, atualizada, que retire os textos que contém "violência" ou "discurso de ódio", porque os textos não são lidos no contexto?? Mas Deus merece que se confie nele, como agindo coerentemente com Seu caráter, que foi supremamente revelado em Cristo. Com um Deus assim em quem confiar, por que qualquer pessoa do seu povo questionaria os seus métodos? Paulo insiste em que, exatamente como um oleiro pode moldar o seu barro na forma do vaso que ele escolher, também Deus tem toda liberdade para fazer o que Ele quiser com a humanidade que Ele criou para a sua glória, e o homem não tem mais direito de retrucar, do que tem o barro do oleiro. Mas o problema é que o homem não é um vaso; ele vai perguntar: "Por que você me fez assim?" e ele não será silenciado. Naturalmente o homem não é um vaso e perguntas obstinadas surgem em sua mente. É pelo fato de a mente humana fazer tantas perguntas sobre a lei divina relacionada ao universo, que obras como a epístola aos romanos são escritas. Tudo depende, não de um homem que realize a sua vontade … mas do Deus misericordioso.

Romanos 9:22

Neste verso entendemos que, às vezes "a massa desaponta as expectativas do oleiro". Israel é um exemplo desse fato. A massa na mão do oleiro pode se quebrar e o trabalho não ser completado. Assim, a grande lição que aprendemos é que Ele pode salvar uns e condenar outros, mas só condena os que rejeitam a salvação. O texto diz que Deus suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição. Subentende-se que os vasos da ira, são feitos pelo mesmo oleiro que faz os vasos da justiça. É preciso entender que Deus não criou nada e ninguém para o mal e para destruição, mas sim para a glória de Deus. Aos "vasos" da ira, antes de serem da "ira", é-lhes oferecida a salvação. Uma vez que se tornaram vasos da ira, não resta dúvida, que cabe ao oleiro destruí-los ou condená-los.

Pôde-se dizer que a paciência de Deus para com os rebeldes tem dupla finalidade. Primeiro, sua paciência pode representar uma oportunidade de salvação. Em lugar de destruir o culpado, Ele pode conduzi-lo ao arrependimento e a salvação. Sempre há oportunidade de aproveitamento para a "massa rebelde".

Romanos 9:30-32

Da mesma maneira que os coletores de impostos e as prostitutas entraram no reino de Deus nos dias do ministério terreno de Jesus, também os gentios que criam, os quais nunca tinham mostrado interesse em seres justos diante de Deus, agora estavam sendo perdoados e recebidos na graça de Deus. Mas a nação de Israel, que constantemente lutava para ser justa, estava sendo julgada como injusta. Por quê? Porque Israel pensava que a justiça podia ser obtida "pelas obras". A justiça que Deus exige e concede é pela fé. A "exigência justa da lei" não pode ser satisfeita por aqueles que seguem o caminho da justiça legal, mas somente por aqueles que "não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito".

Romanos 10:9

POIS É CRENDO DE CORAÇÃO QUE VOCÊ É DECLARADO JUSTO, E E É DECLARANDO COM A BOCA QUE VOCÊ É SALVO. Esta passagem significa que, pela encarnação e pela ressurreição, Cristo está perto de nós e bem ao nosso lado.
1- A palavra está NA SUA BOCA, e
2- NO TEU CORAÇÃO.

A justiça pela fé exclui todo esforço humano. O caminho da fé em Cristo se torna plenamente acessível, visto que é impossível chegar ao céu ou à vida eterna através do legalismo.

CRER E CONFESSAR - A questão da fé é colocada em evidência, pois a justiça de Cristo (não a da Lei) só é possível e realizável através da fé.

Romanos 10:13

Todos os homens tem pecado, e, fora de Cristo, todos estão perdidos. MAS, TODO AQUELE QUE INVOCAR O NOME DO SENHOR SERÁ SALVO (Joel 2:32). Essa citação fortalece a argumentação de Paulo de que o Evangelho é para todos e com direitos iguais no que tange a salvação. Tanto judeus como gentios tem direito a salvação, mas só é salvo o escolhido que aceita o plano de Deus. Assim, a eleição ou rejeição da parte de Deus dependerá do próprio homem. Ele não rejeitará simplesmente porque pode valer-se de sua soberania para tal, uma vez que alguém invoque o seu nome.

Romanos 10:14-15

A promessa de Deus é: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (vs 13). O problema é: Israel não tinha invocado esse precioso nome. Onde estava o erro? Nos versos 14 e 15, Paulo responde a esta pergunta construindo uma cadeia de elos conectados e perguntando qual deles se rompeu. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nunca ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Os elos nesta cadeia se evidenciam por si mesmos. Os homens devem invocar o nome do Senhor para serem salvos; mas eles não irão invocar esse nome, a menos que tenham sido motivados a crer nele; eles não podem crer nele, a menos que tenham ouvido falar dele; eles não podem ouvir falar dele, ao menos que alguém lhes proclame o evangelho; e ninguém pode lhes proclamar o evangelho a menos que tenha sido enviado. Assim, o pregador pode ser considerado um "evangelista" no sentido mais básico da palavra.

A cadeia do argumento está completa. Paulo agora mostra que Deus não deixou de enviar pregadores e acrescenta, alguns versos mais adiante, que Israel não deixou de ouvir (18-19). A cadeia se rompe no ponto da fé. Nesse sentido, a fé é uma dádiva de Deus: a sua base é a "palavra de Cristo". Mas Deus não acredita por nós; se fosse assim, a nação de Israel não seria culpada. CRER É UM DEVER NOSSO.

Romanos 10:16

NEM TODOS OBEDECEM AO EVANGELHO. Isso indica que a aceitação e rejeição diante de Deus depende da aceitação ou rejeição do homem, não importa se judeu ou gentio. Ao citar o profeta Isaías, Paulo enfatiza o fato de que o próprio Israel é responsável por sua rejeição e indiferença à pregação do Evangelho. Paulo destaca que não há desculpa, pois a rejeição de Israel como povo se deve a sua obstinada incredulidade.
As boas-novas foram anunciadas, mas "nem todos obedecem" ou aceitam esse evangelho. Por isso, o Evangelho do Filho de Deus deixa inescusável tanto o judeu como o grego, a todos quantos o rejeitam.
DE SORTE QUE A FÉ VEM PELO OUVIR, E O OUVIR PELA PALAVRA DE DEUS. Está aqui o novo método para a salvação - a fé. O evangelho não é questão de intuição, ou imaginação, ou conjectura, ou desvario, mas de revelação. A fé consiste na humilde e grata aceitação dessa mensagem.

Romanos 10:17

O SOM DE ABUNDÂNCIA!

A fé começa quando ouvimos um som que as outras pessoas não podem ouvir.

Jesus costumava usar continuamente a expressão TODO AQUELE.

Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça: Então, lhes disse: Atentai no que ouvis. Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará. Pois ao que tem lhe será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado ( Mc 4:23,25)

Aquilo que ouvimos tem muito a ver com o que temos.

Jesus sugeriu que existem dois grupos de pessoas; os que ouvem e os que não ouvem.

A FÉ VEM PELO OUVIR DETERMINADO SOM. A FÉ VEM PELO OUVIR A PALAVRA DE DEUS.

A palavra de Deus abre nossos ouvidos para o plano e a provisão sobrenatural de Deus!

Vai dar tudo certo para quem acredita!

Romanos 10:17

A palavra de Deus iluminada pelo Espírito Santo é a única maneira verdadeira de transformar o coração humano.
A salvação pela fé é uma ocasião específica, enquanto a renovação da mente pela palavra é um processo contínuo.
O discípulo se devota a palavra de Deus para ser transformado em uma pessoa santa, iluminada como Cristo e radicalmente diferente do mundo.
Os discípulos espirituais devoram a palavra de Deus, porque nela está a chave para um relacionamento dinâmico com o Senhor é maior disponibilidade para o Espírito Santo.
Seja constante em sua leitura e estudo da palavra de Deus (Rm 10:17).
Reconheça que a sua fé somente crescerá a medida que você for se alimentando da palavra de Deus.
Permita que a palavra de Deus e o Espírito Santo transformem radicalmente a sua forma de pensar.
Rogo-vos, irmãos , pela compaixão de Deus, QUE APRESENTEIS OS VOSSOS CORPOS EM SACRIFÍCIO VIVO, SANTO E AGRADÁVEL A DEUS, que é o vosso culto racional. E não sede conformados pela renovação do vosso entendimento, para que qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus Romanos 12:1,2.

Romanos 11:33-36

Deus concedeu a Paulo um vislumbre do seu propósito eterno, e o apóstolo ficou maravilhado. Os pensamentos Deus não são os nossos pensamentos, nem os seus caminhos são os nossos (Isaías 55:8-9).
O que Paulo adora é a riqueza inescrutável do amor que permite que Deus mais do que satisfaça as terríveis necessidades do mundo. Um amor menos profundo iria se esgotar logo no início da tarefa. Em Sophia e em gnosis os recursos intelectuais são trazidos à perspectiva com que Deus ordenou, dispôs e controlou todas as forças do mundo e da história do homem, para fazê-las subservientes ao seu amor. O mundo, com seu conflito de raças, religiões, paixões e até mesmo maus hábitos, pode parecer ser um campo de caos. Mas quando nós o vemos a luz de Deus, como Paulo o fez, podemos enxergar os sinais da sabedoria e do conhecimento, a partir de um propósito consciente que transcende o pensamento humano e requer louvor e adoração.
A boa e perfeita vontade de Deus está delineada em 11:33 - 12:2 - Na criação, 11:36:2
- Na conversão, 12:1, compaixão
- Na consagração, 12:1, apresenteis o vosso corpo
- Na purificação, 12:2, transformai-vos pela renovação
- No comprometimento, 12.2, para que experimenteis.

Romanos 12:1

O corpo está em estudo aqui como o instrumento pelo qual todo culto humano é transmitido a Deus, e o culto que ele traduz, da maneira suposta, não é um culto do corpo mas sim espiritual. Na psicologia bíblica, o corpo e o espírito são uma unidade. Esta pessoa completa deve se tornar um sacrifício vivo para Deus. Este sacrifício é vivo em oposição aos sacrifícios do antigo testamento, onde o sacrifício era composto por animais mortos. Isto significa mais do que entregar-se ou render-se: NÓS DEVEMOS SER CONSUMIDOS … sobre o SAGRADO ALTAR DO CULTO A DEUS.
O sacrifício deve ser santo. O cristão deve admitir que o seu corpo pertence a Deus e que deve ser separado para o seu uso.
Crisóstomo pergunta:
Como pode o corpo se tornar um sacrifício? Deixe que o olho não veja nada mau, e ele se torna um sacrifício; permita que a língua não diga nada vergonhoso, e ela se torna uma oferta; deixe que a mão não faça nada ilegal, e ela se torna uma oferta em holocausto. Não, isto não será suficiente, mas precisamos ter a prática ativa do bem - a mão precisa dar esmolas, a boca precisa abençoar em lugar de amaldiçoar, o ouvido precisa dar atenção sem cessar aos ensinamentos divinos. Pois um sacrifício não tem nada de impuro, um sacrifício é a primícias de outras coisas. Portanto, que nós possamos produzir frutos para Deus com as nossas mãos, com os nossos pés, com a nossa boca, e com todos os nossos outros membros.

Romanos 12:2

Ser sacrificado no corpo e consagrado ao serviço a Deus implica que nós: 1- Não nos conformemos com este século (aeon), mas 2- nos transformemos em membros condizentes com o século futuro.
Esta época, em posição à época futura (Ef 1:21) é 'má'( Gl 1:4). Satanás é o 'deus' deste século (2 Co 4:4). Todos nós, na nossa condição não regenerada, "ANDÁVAMOS SEGUNDO O CURSO DESTE MUNDO … NOS DESEJOS DA NOSSA CARNE" (Ef 2:2-3). Mas como homens de fé fomos ressuscitados com Cristo e transferidos para o seu reino celestial (Ef 2:4-10) C l1:13). Quando Cristo ressuscitou dos mortos “AS VIRTUDES DO SÉCULO FUTURO” ( Hb 6:5) entraram em funcionamento na história. Aqueles que morreram com Cristo e ressuscitaram com Ele para a NOVIDADE DE VIDA se tornaram membros da era futura. "Em Cristo eles entraram na nova época: já receberam as primícias do Espírito" (8:23) e já não estão sob as obrigações da carne, mas sim do Espírito (8:12).
Aqui as obrigações desta nova vida em Cristo são expressas de uma nova maneira. Os cristãos não devem conformar-se com esta época, mas transformar-se pela constante renovação do entendimento. Eles tem um modelo atual que deve ser rejeitado, é um novo padrão para ser compreendido e executado. O modelo a ser rejeitado é o costume reinante no mundo. O crente consagrado não deve somente rejeitar o costume do mundo, ele deve ser METAMORFOSEADO. A palavra MORPHE, 'forma', indica não uma postura externa adequada para imitação, mas uma forma orgânica, o produto natural de um princípio de vida que se manifesta assim.

Romanos 12:3

Esta advertência é um apelo a humildade que é um estado da mente, e cada crente deve fazer o serviço de que está incumbido, com humildade e moderação. Ao realizar o serviço de Deus, façamo-lo, não por nossa própria sabedoria, mas conforme a medida de fé que é dada por Deus.
As opiniões dos homens sobre si mesmos devem estar na proporção não das capacidades naturais, mas sim das dádivas de Deus; se isto ocorrer, eles jamais serão orgulhosos (mesmo que Deus os chame para serem evangelistas), pois se lembrarão de que não tem nada que não tenham recebido (1 Co 4:7). Este reconhecimento corta a raiz mestra do orgulho. Ele capacita o ser humano a 'ter uma visão saudável' de si mesmo.

Romanos 12:4-5

Para Paulo, a igreja é o corpo de Cristo. Em Cristo somos uma comunidade corporativa. Os crentes têm funções variadas que, não obstante, são essenciais para o funcionamento adequado do corpo que eles formam; portanto, não há lugar para que alguém pense coisas muito grandes a seu próprio respeito. O significado integral deste pensamento de Paulo fica claro se lermos 1 Coríntios 12, como um comentário a este respeito. Qualquer dádiva que alguém tenha recebido condiciona aquele indivíduo para uma linha de serviço particular, à qual ele deve se dedicar.

Romanos 12:9-10

O amor não seja fingido (sem hipocrisia, genuíno, com toda sinceridade).

Para Paulo, como também para João, (1 Jo 4.7 -10), ágape é a natureza essencial de Deus, a sua bondade redentora expressa concretamente na cruz (5:8). Ele é derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo e, assim, é o dom supremo e abrangente do Espírito (1 Co 12:31 - 13.13). Não é por acaso que aqui, assim como em outras partes do texto de Paulo, seja mencionado em primeiro lugar entre as virtudes da vida cristã. Se o amor for sincero, tudo aquilo a que Paulo exorta a igreja virá a seguir.

No entanto, ágape não é um sentimentalismo insípido; é uma qualidade moral vigorosa. Quando é genuíno, ELE ABORRECE O MAL E SE APEGA AO BEM. Sobre Cristo , que foi a encarnação do amor de Deus, está escrito: "Amaste a justiça e aborrece a iniquidade" (Hb 1.9). Sempre existe alguma coisa inexorável sobre o amor divino; ele nunca fecha os olhos para o mal. Ágape é o amor santo.

Romanos 12:14

Este ensinamento está de acordo com os ensinamentos de Jesus no sermão da montanha: ABENÇOAI OS QUE VOS PERSEGUEM; ABENÇOAI E NÃO AMALDIÇOEIS (Mt 5:44 - Lc 6:28). É esta capacidade do ágape para abençoar os que vos perseguem que se ergue acima de todo ser humano. "SE AMARDES OS QUE VOS AMAM, QUE RECOMPENSA TEREIS?" (Mt 5:46-47). O amor humano é condicionado pela bondade ou pela capacidade de sermos amados por aqueles a quem amamos; ágape é incondicional nesse sentido - ele se dá espontaneamente pelos seus inimigos. Na experiência cristã, este amor é essencialmente o próprio ágape de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo. Foi este amor , demostrado pelo Mártir Estevão, que marcou profundamente a consciência de Paulo e que ajudou a preparar o caminho para sua conversão.

Romanos 12:15

A questão que ocorre neste ponto e que tem sido discutida com muita frequência é esta: O QUE É MAIS DIFÍCIL, ALEGRAR-SE COM OS QUE SE ALEGRAM OU CHORAR COM OS QUE CHORAM? Olhando por cima é mais fácil o primeiro, mas examinando bem, alegrar-se com os que se alegram é mais difícil dos dois? Mas, porque?

Chorar com os que choram é mais ou menos natural. Por natureza o ser humano sente alguma reação empática quando alguém chora. Sim, tem pessoas que são tão endurecidas que nem o choro as comove.
Quando alguém chora é porque está sofrendo, está sendo humilhada ou em dificuldades. Uma coisa ou outra mantém essa pessoa em um estado de derrota. É isso nos torna mais fácil chorar.
Para nós é muito mais fácil simpatizar com quem está por baixo. Mas, porque é assim? Por que o maior problema de TODOS os seres humanos é o problema do EGO, o problema do orgulho. O ego está sempre olhando para si mesmo. Ele quer ser considerado grande e importante. E isso é inato na natureza humana, desde a QUEDA.
Ora, quando alguém se alegra ele tem um motivo. Teve algum sucesso ou foi bem sucedido. Alguma coisa boa, alguma coisa que o exalta aconteceu com ele, e ele se sente firme sobre os seus pés - e se enche de alegria. E nós somos correspondentemente INVEJOSOS. Certamente não é tão natural alegrar-mos com os que se alegram. Mas aqui o apóstolo nos ensina que devemos ter um prazer positivo na alegria do nosso irmão na fé, devemos nos envolver na sua alegria. Isso é agradável a Deus.

Romanos 12:16

A tradução literal seria: SEDE DA MESMA MENTE UNS PARA COM OS OUTROS. O que isso significa? Significa pensar as mesmas coisas, concordar uns com os outros, estarem unidos no sentimento, nos interesses e nos objetivos dos seus interesses. Ou NÃO HAJA DISCÓRDIA ENTRE VOCÊS. Em outra tradução diz: "TENHAM IGUAL CONSIDERAÇÃO UNS PELOS OUTROS". Esta é a particular injunção do apóstolo. Todos nós devemos estar mentalizando - pensando - as mesmas coisas. As nossas mentes devem estar operando do mesmo modo para que não haja nenhuma divisão, nenhum cisma, mas sim unidade como povo cristão.
E como podemos realizar isso? Paulo continua a falar e vai nos explicando como pode ser feito. A primeira coisa é: NÃO AMBICIONEIS COISAS ALTAS. Essa frase se refere ao nosso pensamento de orgulho e altivez intelectual e mais aos altos desejos , a ambição, socialmente falando ou de qualquer outra esfera. O orgulho é uma força devastadora na vida comum e na igreja sempre foi uma maldição no transcurso da sua história.
TENHAM AMIZADE COM GENTE DE CONDIÇÃO HUMILDE- Não apenas pessoas, mas coisas humildes. Você deve procurar entender os ensinamentos bíblicos, sim, mas no momento em que se torna orgulhoso de seu entendimento, este já não terá nenhuma utilidade para você. O efeito inevitável de você se tornar orgulhoso com seu conhecimento é desprezar pessoas que não estão no seu nível de saber. Por isso, o apóstolo Paulo diz aqui:” Deixe-se levar pelas pessoas e coisas que são humildes”. Há um modo de se relacionar com pessoas humildes apadrinhando-as, e essa atitude é vil e totalmente má. Quando nos relacionamos com as pessoas o que é importante saber? Se ela tem boa condição financeira? Não! O que precisamos saber é: essa pessoa é cristã? Essa pessoa é rica na fé? É um filho(a) de Deus? Se sim, eu pertenço a tais pessoas e gosto de conversar com elas. Não existe coisa mais incongruente do que as distinções de classe na igreja.

Romanos 12:17-18

NINGUÉM - significa "ninguém, seja cristão ou não". Nada poderá jamais justificar a vingança em um coração cristão ( Mt 5:38-48). O cristão deve ser o exemplo da nobreza de espírito. PROCURAI AS COISAS HONESTAS PERANTE TODOS OS HOMENS- Um cristão não pode curvar-se a mesquinhez de espírito; até mesmo a consciência pagã condena a conduta ignóbil.
O cristão deve ser a pessoa da paz, sempre lutando pelas relações pacíficas com os seus semelhantes no mundo. Esta é uma das obrigações sociais básicas do amor ágape. O homem em Cristo deve deve ir até onde for necessário para manter uma relação harmoniosa com todos os homens. Se acontecer algum antagonismo, como quase inevitavelmente irá acontecer, a provocação não deve partir do lado cristão. Quando acontecer o conflito, ele deverá manter um espírito de perdão, deixando a cargo de Deus a questão da sua vingança.

Romanos 12:19, 21

O apóstolo não quer dizer que devamos ser consolados pela nossa bondade com o conhecimento de que o nosso inimigo será punido. Isto representaria um motivo mal intencionado. Esta atitude seria completamente contrária ao amor verdadeiro e estaria contrariando o contexto tanto da passagem de provérbios quando da passagem que estamos analisando. A intenção de Paulo é esclarecida com a próxima exortação: NÃO TE DEIXES VENCER DO MAL, MAS VENCE O MAL COM O BEM. O seu pensamento é o mesmo do Mestre, expresso em Mateus 5:38:42. O que nós fizermos precisa ser para o bem do nosso inimigo; no poder do amor verdadeiro (que é Jesus), precisamos tentar fazer dele um amigo é um filho de Deus. Paulo cita Provérbios 25:21-22 - as brasas vivas devem significar - as dores cruciais da vergonha que um homem sentirá quando o bem for a recompensa do mal, e que podem produzir o remorso, a penitência e a contrição.

Romanos 12:21

Um indivíduo mesquinho e mau pode ser completamente transformado por doses regulares e persistentes do amor de Deus. “ A misericórdia triunfa sobre o juízo ” ( Tiago 2:13)

É a bondade de Deus que leva os homens ao arrependimento.
Romanos 2:4 diz: ou será que você despreza as riquezas da sua bondades, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus leva ao arrependimento?

Jesus não veio para os sãos, e sim para os doentes ( Mateus 9:12)

Romanos 13:1

Para explicar esse texto precisamos compreender o pano de fundo alí na época.
Então, havia judeus na igreja da cidade de Roma, como naturalmente havia em muitas outras igrejas. Os judeus tinham um problema que os acompanhava quando se tornavam cristãos que eram os ensinamentos do Velho Testamento. Em Deuteronômio 17:15 diz: "Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu Deus: dentre teus irmãos porás rei sobre ti" - "não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos". E isso é um mandamento específico. Isso estava tão arraigado no pensamento judaico que quando eles era dominados por algum poder estrangeiro eles ficavam em grande dificuldade. E, assim, quando alguns desses judeus se tornavam cristãos, essa ideia ainda estava no fundo da sua mente. Acrescente a isso mais uma coisa, os judeus que agora eram cristãos: eles criam que Jesus era o Messias. Daí, como poderiam sujeitar-se a qualquer outra autoridade ou qualquer outro poder terreno?
Existia e ainda existe entre alguns outro fator que é pensar que ao aceitar Jesus somos agora "cidadãos do céu" e não temos que nos submeter as leis desse mundo (Fl 3:20). Assim vocês vêem por que o apóstolo se acha no dever de tratar desse assunto. Por isso que as palavras de Paulo aqui são uma continuação do tema sobre viver pacificamente com os outros.

Romanos 13:8

De acordo com a Bíblia, nesta passagem nos ensina que não devemos manter uma pessoa eternamente em débito, assim como nós mesmos não devemos estar em débito com ninguém. Precisamos aprender a perdoar as pessoas cancelando suas dívidas para conosco. Também precisamos entender que sempre podemos ter os nossos próprios pecados perdoados através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.

Você pode imaginar a alegria de uma pessoa que toma o conhecimento de que foi perdoada de uma sentença de 10 ou 20 anos de prisão? Estas são as boas novas da Cruz. Porque Jesus pagou as nossas dívidas por nós, Deus pode nos dizer: “ Você não me deve mais nada!”. Nosso problema é que ainda estamos tentando pagar a nossa dívida para com o Senhor, ou ainda estamos tentando receber os débitos que as pessoas tem conosco. Assim como Deus cancelou as nossas dívidas e nos perdoou, assim devemos cancelar as dos outros e perdoá-los por aquilo que nos devem.
Isso é mostrar nosso amor (pelo Senhor).

Romanos 13:10

O amor enchendo o coração e acabando com a má vontade - isto constitui o cumprimento das exigências da lei. A lei não exige do cristão a absoluta perfeição em cada detalhe de comportamento; ela requer uma motivação de amor. A vida cristã não deve ser uma luta escrupulosa por um ideal impossível de perfeição, mas sim uma entrega alegre do próprio ser ao amor de Deus em Cristo. O amor cristão tem a sua fonte em Deus (1 Jo 4:10); ele é derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, que é dado a cada um de nós. Através desta dádiva do Espírito Santo, o crente fica capacitado a cumprir "a justiça da lei". Isto é o que John Wesley chamou de perfeição cristã: "Amar a Deus com todo nosso coração, pensamento, alma e forças. Isto implica em que nenhum humor errado, nada contrário ao amor, permanece na alma, e que todos os pensamentos, palavras e ações são governados pelo puro amor".

Romanos 13:11-12

CONHECENDO O TEMPO, nós não nos comportamos como aqueles que não sabem que o final está próximo. Nós percebemos que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.

Nós vivemos esperando o dia da salvação que está raiando. De certa maneira, a nossa salvação é uma realidade presente, mas por outro lado ela é incompleta até que Cristo retorne para nos dar a sua glória. É desta salvação futura que Paulo está falando. Cada dia que nós vivemos nos leva mais perto "do dia do Senhor", mais perto do dia da revelação de sua glória.

A NOITE É PASSADA, E O DIA É CHEGADO. Mas o momento da decisão com Cristo chegou. Aqueles que são de Cristo já não pertencem mais a noite, eles são homens e mulheres da manhã, pois viram o raiar de um novo dia com Deus. A nossa vida ética deve estar de acordo com o fato de que nós somos do dia: REJEITEMOS, POIS, AS OBRAS DAS TREVAS E VISTAMO-NOS DAS ARMAS DA LUZ. Em outras passagens as obras das trevas são chamadas de obras da carne. Precisamos nos vestir de Cristo e rejeitar as obras das trevas e rejeitar é trabalho nosso, eu decido me vestir de Cristo.

Romanos 13:13-14

VIVER COM DECÊNCIA - Andar de maneira digna; porque somos cristãos é preciso haver algo de gracioso em nós. Tem um ditado popular que diz: "O HÁBITO FAZ O MONGE" sim! É certo que o modo como as pessoas vivem diz muito sobre elas. Portanto, é preciso que a fé corresponda a conduta, e vice-versa versa.

PERTENCEMOS AO DIA - Há coisas que se pode fazer sobre a cobertura das trevas que as pessoas evitam fazer a luz do dia. Essa é a ideia aqui. Lembre-se de que como cristão você sempre está andando na luz com Deus. A luz está com você e mais A LUZ ESTÁ SOBRE VOCÊ do ponto de vista dos incrédulos. Eles o vigiam e o observam. Eles estão prontos a descobrir quaisquer defeitos e a usá-los como um argumento contra o cristianismo.

REVISTAM-SE DO SENHOR JESUS CRISTO- o que quer dizer isso? Quer dizer que devemos vestir a doutrina concernente ao nosso Senhor. Ele é o nosso Senhor. "Não sabeis … que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço" (1 Coríntios 6:19,20). Ele é meu proprietário. Não tenho direito de viver como quero; não vivo para agradar a mim próprio.
- Revestir-se do Senhor Jesus Cristo é viver dEle (João 6:53).
- Revestir-se do Senhor Jesus Cristo é entender que Ele é a Cabeça e que todas as demais coisas dele provém.
- Revestir-se do Senhor Jesus Cristo é ESCONDER-SE NELE. Precisamos fazer isso por causa do que está ao nosso redor - os dardos inflamados do maligno e tudo o que deles sabemos; o mundo, a carne é o diabo. ESCONDAM-SE EM CRISTO.

Romanos 14:1

O irmão fraco deve ser recebido. Ele não deve ser interpelado sobre suas opiniões; as discussões só iriam ficar mais essas opiniões na mente desta pessoa. Ele deve crescer e ultrapassar as suas ideias limitadas, e, enquanto isto, não deve ser criticado nem censurado, mas sim amado.

O apóstolo Paulo, por um lado, toma o homem de fé espiritualmente forte, que compreendeu o pleno significado do cristianismo, e, por outro, aquele que é, como normalmente admitido, excessivamente escrupuloso, e, portanto, adequado como um exemplo de qualquer tipo de escrúpulo que possa existir em relação a comida.

O homem que tem conhecimento é propenso a desprezar o seu irmão escrupuloso, ao passo que a tentação do homem excessivamente consciente é a de julgar o homem que não acompanha seus escrúpulos.

A força da censura que se segue mostra que Paulo, com todo seu amor e a sua consideração pelos fracos, estava alerta para sempre presente tendência que a pessoa muito consciente tem de passar dos escrúpulos a respeito da sua própria conduta ao farisaísmo sem amor em relação a conduta dos demais.

QUEM ÉS TU PARA JULGAR O SERVO ALHEIO? PARA O SEU PRÓPRIO SENHOR ELE ESTÁ EM PÊ OU CAI (verso 4).Você não sabe que ele responde a Deus, e não a você? Não tenha uma visão tão sombria sobre as chances de salvação de seu irmão. A graça de Deus é suficiente para firmá-lo. Paulo está ciente dos perigos da sofisticação espiritual, mas ele está confiante de que a liberdade cristã, por meio da graça e do poder de Cristo, experimentará um sucesso moral triunfante.

Romanos 14:7-8

Esta é a verdade da responsabilidade do crente para com o Senhor.

Quando o apóstolo diz NENHUM DE NÓS VIVE PARA SI, ele não quer dizer (como frequentemente se supõe) que as nossas ações afetam os nossos companheiros; Ele quer dizer que nós vivemos em relação a Cristo. Tanto a nossa vida quanto a nossa morte são para o Senhor - nada na vida nem na morte nos pode separar dele, pois pela sua morte e ressurreição Ele se tornou Senhor tanto dos mortos como dos vivos.

Romanos 15:5

Deus é a fonte de toda paciência e consolação que nos são oferecidas nas Escrituras. Estas graças são dádivas de Deus, mas são distribuídas por Ele por meio da palavra escrita. É por meio destas duas qualidades cristãs, também, que Deus fará com que tenham o mesmo sentimento uns para com os outros. Como está escrito em Filipenses 2:5 - "QUE HAJA EM VÓS O MESMO SENTIMENTO QUE HOUVE TAMBÉM EM CRISTO JESUS". Isto não quer dizer que vão chegar a um entendimento em tudo. No entanto, eles chegarão a unanimidade do Espírito, para que concordes, a uma boca, e possam glorificar a Deus. Esta é a autêntica unidade cristã, a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

Romanos 16:17-18

Aqui o apóstolo Paulo muda a posição de uma pessoa que nunca havia visitado essa igreja e assume uma atitude pastoral mais característica das cartas escritas para as suas próprias igrejas. Quem são esses falsos mestres? Segundo alguns estudiosos seriam provavelmente personagens judeus. Pode ser também um grupo chamado antinomianos que o apóstolo denunciou em Filipenses 3:18:19. Parece claro, porém, que, seja lá quem forem, eles ainda não se manifestaram em Roma, nem começaram a trabalhar ali. Paulo está deixando claro que estes ensinadores não são servos do Senhor Jesus Cristo; eles são escravos de seus apetites. Mas são oradores lisonjeiros e persuasivos capazes de enganar cristãos sinceros com seus ensinos capciosos.

QUANTO A VOSSA OBEDIÊNCIA É ELA CONHECIDA DE TODOS. COMPRAZO-ME POIS, EM VÓS; E QUERO QUE SEJAIS SÁBIOS NO BEM, MAS SÍMPLICES NO MAL. O que Paulo deseja aqui é - inteligência moral, não prejudicada de maneira alguma por qualquer contato com o mal - sugere que o antinomianismo era o perigo contra o qual deveriam se guardar.

E O DEUS DA PAZ ESMAGARÁ SATANÁS EM BREVE DEBAIXO DOS VOSSOS PÉS. Isto implica que as divisões são uma obra de Satanás, e a supressão delas pelo Deus de paz é uma vitória sobre Satanás. Então vem a benção: A GRAÇA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEJA CONVOSCO. AMÉM!